quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Desastre

Até certo tempo atrás, o pior filme que eu já tinha visto era House of the Dead, do lendário Uwe Boll.



É um filme feito porcamente com nudez gratuita, violência gratuita, e atuações “sérias” que te fazem pensar com carinho nos episódios mais cafonas de Malhação.

Segue uma fórmula muito simples, de “Jovens em rave numa ilha – Zumbis matando todo mundo – Jovens achando bruxo de séculos atrás que faz zumbis”. É ruim. Nenhuma palavra enfeitada descreveria melhor. Ruim mesmo.

Mas eu não sabia que dava pra ficar pior.



Disaster Movie. O título diz tudo, tudo mesmo.

Não há coerência. Não há uma linha racional de história. Não há nada. São sketches de sátira a filmes, virais de internet, personalidades famosas americanas. Tudo sem a menor graça. Forçando alem da conta.

Quando você não consegue sequer fazer o TRAILER ser engraçado, o que pode-se esperar?
Uwe Boll fez filmes baseados em videogames, todos muito horríveis. Consegue atores famosos de escalão B-C em seus filmes (John Ryes-Davies, Jason Statham, Christian Slater), ou pelo menos conseguia, dada a uma liminar de leis culturais da Alemanha que direcionava fundos descontrolados para seus filmes. (ele chegou até a declarar que seus filmes eram pagos com dinheiro nazista! Mas eu acho que é piada. Acho.). Ele tem talento para dirigir filmes como qualquer gari, não querendo desmerecer nenhum gari.

Mas House of the Dead tinha uma coerência. Não tinha furos no roteiro, mas sim abismos, mas ainda assim mantinha uma coerência. Quem sabe um dia lembrem dele como lembram hoje do Ed Wood, cuja paixão pela arte ultrapassava (e muito) seu talento como cineasta, e isso não o impediu de filmar.

Disaster Movie não tem paixão, não tem esforço. Não tem nada. Não tem graça. Se tornou o pior filme que eu vi na minha vida, do tipo de “filme ruim que eu não gosto”.

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