segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Em 2012


A anual retrospectiva.
Passou mais um ano, e em 2012:

• Crises vieram, sentaram na poltrona, botaram os pés em cima da mesa. Novamente.

• A Primavera árabe virou Verão. Ned Stark manda lembranças.

• Fecharam o Megaupload, prenderam o lunático que era dono, e o Anonymus começa a mostrar sua máscara.

• Teve um problema na contagem de votos do concurso do desfile das escolas de Samba... E eu não faço idéia de porque isso está aqui.

• Os norte coreanos continuaram mostrando que o negócio deles não é viagem espacial. Nem governo. Nem lógica.

• Vladimir Putin, o estereótipo do russo JamesBondiano, é eleito novamente presidente.

• As FARC colombianas libertam seus últimos reféns militares. Agora só falta abrir falência.

• Morreu a última tartaruga gigante das ilhas Galápagos, o George Solitário. Esperamos que não esteja mais tão solitário.

• Comprovaram que realmente acharam o Bóson de Higgins. Para a decepção de muitos, ainda não acharam uma maneira fácil de explicar o que ele é.

• O mundo precisou aprender coreano para cantar.

• Um americano lunático invadiu uma sala de cinema e matou 12 pessoas durante uma projeção de O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

• Decepção tamanha também pelo Bóson de Higgins não ter causado a destruição do mundo.

• Olimpíadas de Londres mostram que o Brasil tem muita chance de decepcionar.

• Olimpíadas de Londres mostram que com Queen, Pink Floyd e Beatles, nada dá errado.

• Hugo Chávez é eleito novamente. Hã?

• O pior blecaute na história da humanidade deixa 620 milhões de pessoas sem luz na Índia. Fatos recentes mostram que, mesmo com luz elétrica, o país continua na escuridão.

• Curiosity, a sonda robótica mais popular depois do Wall-E, pousa em Marte.

• Algum retardado faz um filme ofendendo muçulmanos. Muçulmanos inteligentes protestam com classe, razão e verdade. Muçulmanos retardados explodem coisas.

• Um homem pulou do topo do mundo até o chão. Red Bull te dá, aparentemente, gravidade.

• O Furacão Sandy devasta muita coisa nos EUA e Caribe.

• Palestinos e Israelenses não param de se matar. Isso está em todas as retrospectivas.

• A Palestina, inclusive, deu seus primeiros passos para se tornar um membro da ONU.

• Um americano lunático invade uma escola e mata 26 pessoas, entre crianças e professores. Infelizmente, isso também está em quase todas as retrospectivas.

• O Hobbit estréia nos cinemas. Yey!

• Eu escrevi e dirigi um filme!

• O mundo, para melhor (ou para pior), não acabou, e decepcionou muita gente.

Em 2012 nós também perdemos Whitney Houston, Mike Wallace, Joel Goldsmith, Nora Ephron, Andrew Griffith, Ernest Borgnine, Gore Vidal, Tony Scott, Neil Armstrong, Michael Clark Duncan, Andy Williams, Dave Brubeck, Oscar Niemeyer, Ray Bradbury, Maurice Sendak, Chico Anysio, Hebe Camargo, Millôr Fernandes, Joe Kubert, Ted Boy Marino, Eric Hobsbawm e muitos outros.

Humanidade, você vai ter que fazer melhor. Você vai ter que se esforçar mais.

E cada novo dia é uma nova oportunidade para sermos melhor.

Assim passa o ano vermelho de 2012, com tantos sonhos, com tantas conquistas. Com tantas derrotas e com tantas lágrimas. Faça o próximo ser melhor. É sua responsabilidade e minha.

Amanhã é 2013.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Paz na Terra



Vamos lá, aquela festa que todo ano tem.


Feriado coletivo, presentes, estradas cheias. E Esqueceram de Mim, Scrooge, Quebra-Nozes. E um monte de pessoas que todo ano vão e dizem que “isso não é o Verdadeiro Sentido do Natal”.


Você não vai ver o verdadeiro sentido do Natal num filme da Disney. Não vai. Eles provavelmente vão colocar muitas coisas bacanas mesmo. Mas alegria, fraternidade, bondade entre as pessoas, isso são subprodutos. O Natal é o resumo de duas coisas.


“Você não está sozinho”. “Você é amado”.


Não importa muito nesse âmbito se você acredita ou não, não quero fazer um exercício de fé. Quero fazer um exercício de sentido. Depois você faz um exercício de fé.


Mas imagine que sim, Deus existe. Ele pode não ter barba branca. Ele pode não ter barba. Mas Ele tem senso de humor. E não necessariamente se veste numa toga como imaginava Michelangelo. Só imagina, não precisa se dar ao trabalho de acreditar. Imagina que Isso o que é Deus, algo de imensurável complexidade e tamanho é capaz de todas as coisas e mais uma. É capaz de criar mundos e universos e formigas e buracos negros e mecanismos quânticos e ondas do mar. 

E estrelas.

E além disso é capaz de amar. Não “amar” como você entende logo de primeira, mas é capaz de um sentimento incompreensível, cuja melhor definição que os poetas, os clérigos e músicos country demais encontraram foi “amor”.


E Isso que É Deus quer se aproximar Disso que Ele criou. Ele criou a humanidade, e dizem que até hoje é amplamente criticado por isso. E mesmo assim Ele acha infindável valor em cada pedacinho de carbono vivente e “pensante”. E Ele pensa em uma maneira de achegar-se. De poder tocar no rosto de outro ser humano sem, por exemplo, o uso de muitos efeitos especiais. Porque Ele quer nos ver de perto. E quer que O vejamos de perto.


Ele quer pessoalmente passar o braço em volta do ombro de alguém que está se sentindo sozinho e convencer esse alguém do erro que está cometendo em se sentir assim. Ele quer pessoalmente dizer para aquela pessoa que aquele sentimento que fez supernovas explodirem, selvas crescerem e moluscos abrirem os olhos está vivo por ela.


Aí Ele inventou o que foi moldado ao longo dos séculos para parecer o “Natal”.


O problema é esquecer, sempre é esquecer. Porque todo mundo, em algum momento, esquece-se disso tudo, e lembra somente de sentir-se sozinho. Esquecem de que tem um ao outro, e que o outro tem valor. E de que temos uma união, no mínimo, no fato de que Ele tentou alcançar a todos nós. Além de sermos feitos de carbono.


Você sabe no que resultaria se as pessoas não se esquecessem disso tão facilmente? Se o Natal fosse usado como uma memorização do fato, mesmo que só simbolicamente, para o caso de não haver um exercício de fé? Se nessa época do ano as pessoas lembrassem de que elas não estão sozinhas?




Nós teríamos Paz na Terra.




É só isso.


Então pelo menos um pouco, tente fazer um exercício de fé. E saiba, não imagine, saiba que você não está sozinho. Olhe à sua volta. Você vai enxergar as evidências. E agora vá fazer alguém enxergar também.


Vá e convença alguém de que não está sozinho.


Pronto. Você foi O Natal para alguém.


E o que Ele fez deu certo novamente. 



Feliz Natal.

"Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade". Lucas 2:14



Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2a a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2:14
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2:14

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

EINTOPF



“Me conta Dani, O que você faz da vida?”
Henrique (Mario Möhrle), “ENSOPADO” (Dir. Silas Chosen, Flávio Sardinha, 2013)

Até o meio de 2010 eu era publicitário. Ilustrador. E moderadamente infeliz com isso. Estava numa ligeira crise, estava preso num lugar meio insosso em termos de realização pessoal.


Quem viu O Segredo dos Seus Olhos sabe que um homem pode mudar de rosto, de mulher, mas nunca de paixão. E a minha paixão sempre tinha sido Cinema. Contar histórias. Eu só não sabia como fazer isso funcionar direito. 


Daí falei “Deus, meu sonho é esse. Como proceder?”. 


E dois meses depois eu desenhava storyboards para o Não Me Deixe Te Deixar, da 4U Films. Além de interpretar o Diabo. 


Dois anos depois, fui atrás de cursos, as vezes sem incentivo, as vezes empurrado por gente especial à minha volta. Participei de mais outros três curta-metragens, estou participando na produção de um Longa. Escrevi por volta de 4 a 5 roteiros de curta-metragem, um deles já filmado.


E neste último final de semana fechei a sala da minha casa para essa equipe aí em cima filmar outro curta-metragem, dessa vez na posição de Diretor, além de Roteirista. 


E Deus fez dar certo. E essa equipe fez dar certo.


Foram mais ou menos 3 meses discutindo arduamente com o resto da equipe foco narrativo, tipos de humor, saídas para o final da história, referências visuais e narrativas. Mais umas noites mal dormidas para juntar tudo em um roteiro que foi ficando coerente ao longo do tempo. Mais um tempo para criar os storyboards. Mais umas semanas de reunião para definir detalhes na locação. Mais dois dias longos, cansativos, de muita concentração e de móveis da sala em lugares altamente questionáveis. E muita luz na cara, boom no plano, mão na sopa, ensaio com atores (aliás, Pedro Clemente, Debora Settani, Mario Möhrle, Vicky Araujo, formaram um elenco espetacular, que não só atuavam muito bem mas só faziam sugestões que muito adicionavam ao filme. E o Victor Sá, que fez uma participação pequena, mas extremamente memorável).


À equipe, Flávio, Yan, Boi, André, Beatriz, Giovanna, Jessica, Marcelo, Fernando, Gustavo, Bruno, B. Carneiro, os meus profundos e sinceros agradecimentos. Vocês me deram um sonho, a oportunidade de abraçar uma paixão. Nem se eu quisesse eu teria como esquecer este que, se Deus permitir que não seja o único, é o primeiro filme que eu realizei na vida. Sem vocês não haveria argumento, não haveria roteiro, não haveria direção, não haveria planos, equipamentos, atores, filme.


Isto foi um triunfo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

27


Teve gente que mandou às 19:30, horário da Croácia.

Teve quem desejou um Feliz Aniversário Heavy Metal.

Teve quem escreveu “sucesso” errado.

Teve professor meu e aluno meu.

Teve gente cobrando sumiço.

Teve gente mandando que não qualifica como “ser humano”.

Teve quem mandou um vídeo do Ed Motta cantando Parabéns.

Teve quem mandou um guarda-chuva-sabre-de-luz.

Teve quem fez uma velada referência a Silas Malafaia, o maldito.

Teve quem desejou que esse ano seja o melhor da minha vida, ou menosprezando os que ainda virão pela frente, ou estava falando do filme do Hobbit no final do ano.

Teve gente me chamando de um monte de coisas legais.

Ninguém mencionou minha altura.

Evangélicos, evangeloucos, espíritas, ateus, xamanistas, budistas, católicos.

Tiveram negros, orientais, caucasianos, extraterrestres, seres que foram invocados ao invés de nascerem. 

A criação me mostra que o criador me deseja um bom ano.

Esse não foi um "dia bom". Todos os dias são bons por causa de vocês.

Obrigado todos! Amo vocês!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Capitão

O tempo é algo difícil de perceber sem uma “âncora”. Sem um fato que faça você olhar pra trás e enxerga-lo como uma linha. Às vezes você não consegue fazer isso nem usando a sua própria vida.


Mais ou menos na metade da década de 90, quando eu morava em Santos, aparece no nosso quintal de casa um gato vira-lata todo machucado. O gato nem queria nada. Parecia que caiu ali sem ter escolha. Nós cuidamos dele. E quando ele começou a ser convidado a entrar em casa, ele começou o estranho ritual de querer sempre água. E carinho. E comida. E água, sempre água.


Poderia dizer que ele mandou baixar a tal “âncora”, porque começou aí uma linha de história que durou até ontem. Minha bisavó batizou ele de Capitão.


Eu sempre ouvi que gatos eram animais ariscos, solitários, misteriosos, evolvidos com bruxaria, traiçoeiros. Eu nunca consegui concordar com essa opinião por causa desse gato. Ele era viciado em companhia, em atenção. Em beber água.


Nunca importou muito como a pessoa estava. Ou se era eu, meu pai, meu irmão, minha vó, minha mãe. Ele sempre subia no colo da pessoa, exigindo a atenção que entendia ser dele. Ler jornal? Não, porque o gato subiu no jornal. Não importava se estivesse tendo briga. Se o dia tinha sido ruim. Se houvesse guerra. O gato precisava da atenção dele, e de água para beber.


Por falta de palavra melhor, eu digo que isso é uma forma extremamente instintiva de amor, que trazia uma certa alegria para todos nós. Uma constante dessas é algo que alivia qualquer semana ruim. É algo que nos ensina a procurar as coisas simples. Um reflexo do amor de Deus, que no final só quer que nós apreciemos os pedaços de comédia e de ternura com os quais Ele inundou a natureza.


Passaram-se muitos anos. E nesses anos, tanto aconteceu a todos nós. Mudamos. De cidade, de profissão, de personalidade. Eu cresci. Eu aprendi a trabalhar. Comecei a namorar. Minha família passou por muitos altos, muitos baixos. Minha bisavó nos deixou. Tantas pessoas nos deixaram. Tantas coisas nos aconteceram.


E o nosso Capitão continuava pedindo a água dele, a atenção dele. Demandando que nós o amassemos. Mas nunca como um capitão de verdade, nunca com autoridade. Sempre como uma criança pede a alguém que ama. Humildemente, com um miado alto e fino. Só mudou a sua pele, que ficou mais fina, e seus ossos, que ficaram mais salientes, especialmente nos dois últimos anos.


Eu dormia, depois de uma sexta-feira santa de muito trabalho, quando a minha mãe veio nos chamar. Meu irmão assistia O Retorno do Rei na televisão, no alto da madrugada, e Gandalf estava falando para Pippin sobre praias brancas, e além.


Ela nos chamou porque o nosso amigo mais constante nos últimos 20 anos, que acompanhou a mim e ao meu irmão transformarmo-nos de crianças em homens, e a quem nós nunca conseguimos decepcionar, precisava de mais alguns minutos de atenção. Precisava do nosso adeus.


E em seu último ato de amor, ele uniu nossa família. Talvez porque ele gostasse de nos ver juntos, talvez ele achasse que isso fosse algo mais “certo” do que nos ver separados. Talvez ele simplesmente não tivesse escolha. Mas lá estávamos nós 4, a quem ele mais cativou e mudou, em volta dele, só esperando seu pequeno coração parar de bater.


Se vai o Capitão que não afundou com o navio. Mas certamente evitou que afundasse, mesmo sem entender muito bem como fazê-lo.


Sentirei falta do meu amigo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Porque eu amo cinema

Vi uma lista no AICN dessas, e pensei em fazer a minha, dado que cinema é algo tão essencial pra mim quanto orégano.

Eu amo cinema

Por causa, bem basicamente, do meu pai, que me viciou em ficção científica e cinema de aventura.

Por causa, bem basicamente, de Steven Spielberg.

Por causa da proximidade que a minha casa tinha com o Cine Roxy em Santos.

Porque uma das minhas primeiras memórias envolve Batman e Tim Burton.

Por causa de laranjas.

Porque eu não posso carregar isso pra você, mas posso carregar você.

Por causa dos olhos de Raul Julia.

Por causa da respiração mecânica.

Porque X marca o local.

Porque se você introduzir um pouco de anarquia, as pessoas perdem a cabeça.

Por causa de finais felizes.

Por causa de finais que me fazem pensar demais.

Por causa da escolha de Donnie. E por Mad World.

Por causa da escolha de Peter, e da mentira que ele conta no final do primeiro Homem-Aranha.

Porque você é o que você ama, e não o que te ama de volta.

Porque a única coisa que torna a existência suportável no meio do vazio é o contato.

Porque a necessidade de muitos sobrepõe-se à necessidade de poucos. Ou de um.

Porque somente Stormtroopers atiram com essa precisão.

Porque o fauno pediu sangue.

Porque Lola teve mais uma chance.

Por causa do carrinho de bebê em Os Intocáveis.

Por causa do carrinho de bebê em O Encouraçado Potemkin.

Porque, na Mostra Internacional de São Paulo em 2010, eu assisti Metrópolis ao ar livre e com a Jazz Filarmônica tocando ao vivo a trilha sonora do filme.

Porque foi num cinema, e em película, que eu descobri de onde eu conhecia ela. Era dos meus sonhos.

Porque Han atirou primeiro.

Porque o Mau atirou primeiro.

Por causa da montagem no final de Três Homens em Conflito.

Por causa da vingança suprema em Oldboy.

Por causa da operação Jantar em Casa.

Por causa dos segundos finais do primeiro Jogos Mortais.

Por causa dos créditos finais de Wall-E.

Porque o maior truque do diabo foi fazer o mundo não acreditar nele.

Por causa das sobrancelhas de Jack Nicholson.

Por causa das sobrancelhas de Hugo Weaving.

Porque "eu te amo". "Eu sei".

Porque o Gary Oldman ser quem menos brilha nos filmes do Batman, e mesmo assim é o que melhor atua.

Porcausa dos olhos de Norman Bates.

Porque o meu nome é Zé Pequeno.

Porque o Fernando Meirelles curtiu a caricatura que eu fiz dele.

Porque anjos podem ver cores, se eles quiserem.

Porque eu consigo achar fé, filosofia, amor e verdade em filmes de zumbi, alienígenas, bruxos e robôs.

Por causa de cada quilo do Robert DeNiro em Touro Indomável.

Porque me encontre em Montauk.

Porque é inevitável.

Porque haverá um dia em que a coragem dos homens falhará, mas não é este dia.

Porque no evangélio de São Lucas está escrito que o reino dos céus está dentro de cada homem. De todos os homens.

Porque precisamos lutar para manter essa promessa.

Porque quando acorda de manhã, o Superman é o Superman.

Porque eu vou desligar esse telefone, e você terá uma escolha.

Porque isso é só um cálice.

Porque James Stewart odeia sua atuação em Festim Diabólico, e eu amo.

Porque James Stewart fez Janela Indiscreta.

Porque Grace Kelly fez Janela Indiscreta.

Porque o demônio que habita Rashomon veio pra cá fugindo dos humanos.

Porque em Filadélfia, todo mundo olha nos seus olhos.

Porque nada faz sentido em Kubrick, e eu ainda não consigo tirar os olhos.

Por causa da Bíblia Sagrada em Um Sonho de Liberdade.

Beko. Beko Because.

Por causa das nuvens em Agonia e Êxtase.

Porque Jack Nicholson, Denzel Washington e Joe Pesci sempre fazem o mesmo papel, e ainda assim são papéis formidáveis.

Por causa do bigode de Daniel Day Lewis em Gangues de Nova York.

Porque o que me faz chorar em Edward Mãos-de-Tesoura é Danny Elfman.

Por causa de Asteroid Field.

Por causa de Imperial March.

Por causa de Ice Dance.

Por causa de The Breaking of the Fellowship.

Por causa de unicórnios de origami.

Porque com um único filme, eu descobri que Guilhermo Del Toro é um gênio.

Por causa da intimidade romântica sutil em Os Incríveis.

Porque eu estou falando sério. E não me chame de Shirley.

Por causa dos parafusos do Gigante de Ferro.

Porque eu me escondi embaixo da sacada porque eu te amo.

Porque um homem pode mudar de deus, mas não pode mudar de paixão.

Porque você sabe daonde vem tudo isso, parceiro?

Porque atrás dessa máscara há mais do que carne. Por trás dessa máscara há uma idéia. E idéias são à prova de bala.

Porque sempre olhe para o lado bom da vida.

Porque eu acho a sua falta de fé perturbadora.

Porque eu quero um milhão de dólares.

Por causa de Aston Martins e DeLoreans.

Porque o mundo não é o bastante. Lema da família.

Porque John Williams.

Porque Tarantino.

Porque Jurassic Park.

Porque Charlie Kauffman.

Porque Peter Sellers.

Porque Janusz Kaminski.

Porque Heath Ledger.

Porque as pessoas querem ser enganadas.


Por tantos outros motivos que eu não consigo colocar em palavras.

E você, porque você ama filmes?