sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dia Nacional de Combate ao Fumo



"E onde cê ando esse tempo hein pai?"

"EU FUI COMPRAR UM CIGARRO... POR ISSO EU RESPIRO ASSIM..."

Deixe de ser palerma e pare de fumar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Amnesty continues.

E é claro, não existem unanimidades no universo.

Muita gente ficou muito fula com a escolha da China como sede de alguma edição dos Jogos Olímpicos.

A China é um país "retranqueiro". É bem mais centrado no seu próprio umbigo do que qualquer outra nação. É um país "socialista naquelas". E trata seu povo como um país "socialista naquelas" trataria. Palavras como "tirania", "mão-de-ferro" e "ditadura" não são a coisa mais distante de se pensar, segundo praticamente qualquer pessoa com olhos ou ouvidos.

A Anistia Internacional então iniciou uma campanha terrivelmente forte para alertar a todos que essa "maquiagem" de paz, amor, sexo, anabolizantes e hinos nacionais só irá durar até o fim das Olimpíadas.


Concordo com a Anistia Internacional. A China é bem conhecida por ter trocado a liberdade pela ordem. As questões de censura, de supressão da liberdade, da ignorância quanto a direitos humanos. Um evento que grita "união e paz, justiça e igualdade" num lugar em que os significados dessas palavras são um tanto distorcidos?

Agora, porque só chegaram agora essas campanhas? Porque não vimos um protesto dessa qualidade argumentativa quando a China foi escolhida como sede? Deveriam estar reclamando bastante disso já a muito tempo.

Clique aqui para ver outros exemplos dessa campanha.

Olimpiadas is over.

Acabaram as Olimpíadas de Pequim.

E o que vimos? Vimos a batalha pela supremacia desportiva, vimos o Dunga provar a que veio, vimos o Bernardinho chorar.

Vimos o Phelps mostrar que X-men são de verdade, vimos a Marta chorar. Vimos os EUA gostarem de dizer que estão na frente, mesmo não estando, mesmo merecendo estar mesmo na frente. Vimos a China demonstrar como é ser a nação inventora dos fogos de artifício.

Vimos as medalhas de Ouro do Brasil, inéditas, vencedoras, heróicas.

Vimos a má vontade de uns, a solidariedade de outros.

Uma festa no zoológico humano mundial. Uma festa feliz, uma festa alegre.

E eu trago duas coisas para você, feroz acompanhante das desventuras virtuosas das Crônicas.

Primeiro, uma seleção de imagens simplesmente incríveis, momentos que só mesmo em olimpíadas você consegue congelar.

Clique nas fotos para acessar as galerias.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


A segunda, a seguir.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Nos EUA é diferente.


Eu não me irrito tão facil, mas isso é de indignar.

Entre no site do New York Times e observe essa mesma lista que eu postei, ela deve ter sofrido algum update.

O New York Times, um dos jornais mais respeitados dos Estados Unidos, faz a contagem de medalhas das olimpíadas pelo número de medalhas, e não pelo peso de valor da medalha, como o resto do mundo. Para ficar em primeiro.

Assim como nos últimos Jogos Pan-Americanos que aconteceram lá, que o basquete feminino americano ganhou do Brasil, enquanto o masculino perdeu. Nessa ordem. Mas a entrega de medalhas foi alterada, primeiro a masculina, depois a feminina, para fecharem os jogos tocando o hino nacional americano.

O país deles está indo pro buraco há muito tempo...

Glória Glória Aleluia.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

100 anos de animação

Vi no Blog-irmão Animartini que a animação fez um século de vida anteontem, dia 17 de agosto!

Neste dia, em 1908, Émile Cohl, um cartunista francês, lançava o primeiro filme de animação da história da humanidade.

Usando o negativo de 700 desenhos feitos em papel, ele criou uma historinha divertida, simples e criativa em 1 minuto e 17 segundos, batizada de Fantasmagorie.



Aos 51 anos, ele lançou este filme, e ainda mais dois outros no ano de 1908. Será que ele sabia o que ele estava começando?

Que pessoa no mundo não deve alguma coisa que seja à animação?

Passando rápido pela minha memória, me vem tudo o que Walt Disney fez, Tex Avery, a galerinha por trás dos Looney Tunes, os grandes gênios do Japão, como Osamu Tezuka, Katsuhiro Otomo, Hayao Myazaki, William Hanna e Joseph Barbera, e tudo mais que veio a partir disso, como os milagrosos filmes da Pixar.

Histórias, personagens, contos, vidas, tudo em animação.

Batman Vol. 2, Paprika, Chihiro, Castelo Animado, O Rei Leão, Akira, Dragon Ball Z, Cavaleiros do Zodíaco, Alladin, os longas do Asterix, Pernalonga, Flintstones, Os Incríveis, Wall-E, entre tantos outros que são os melhores para mim me vem à cabeça. E na de vocês, o que vem?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sobre comentários no Blog

Você, leitor ferrenho e fanático das Crônicas do Guarda-Chuva, tem total liberdade de comentar o que quiser. Não vou banir opiniões, palavrões, xingamentos, obscenidades, e uma parte seleta de blasfêmeas.

O que eu banirei é propaganda deslocada e mal-vinda, porque como todos sabem, publicitários são criaturas deploráveis e não merecem o mínimo de atenção.

Mas eu faço um pedido. Não postem anonimamente. Por exemplo, o rapaz/moça/travesti/coruja que enviou o comentário sobre o post abaixo, não sei quem é. Não sei nem a classe da criatura. É inseto? É mamífero? É petista? Oh céus, o que será??

Encontrei Matt Harding nas andanças pela internet. Vi pela primeira vez no Sedentário, mas dessa vez que vi foi um amigo que me enviou, o Rafael Britto, cinco minutos depois de uma amiga, a Ana Carolina, ter me enviado também.

Olha o viralismo funcionando!

domingo, 17 de agosto de 2008

Dancing - Matt Harding



Digam o que quiserem. O novo vídeo da campanha "Where The Hell Is Matt?" me emocionou.

Matt Harding começou a criar games numa empresa. Ia tudo bem, até que cansou. Então, em 2005, juntou dinheiro para fazer um tipo de mochilão pela Ásia. Um amigo deu uma idéia então: grave a sua "dancinha" em todos os lugares que parar. E ele botou na internet o resultado.

Um tempo depois, a marca americana de chicletes Stride lhe fez uma proposta: eles patrocinariam mais voltas ao mundo, para que Matt gravasse sua "dancinha".

Já há uns 2 anos ele cria vídeos. Simplesmente ele e sua dança meio ridícula.

Mas ao ver o vídeo, certas coisas vem à minha cabeça. Esse cara foi a um monte de lugares, e dessa vez, pediu ajuda para as pessoas de lá, e elas simplesmente foram dançar dancinhas ridículas para a câmera.

Não consigo evitar de enxergar uma bela mensagem nisso. De que o mundo é pequeno, e menor ainda com a tecnologia. Que todos os povos tem sua dancinha ridícula, e que todos os povos sabem brincar, dar risada, fazer papel de bobo para um doido que viaja por aí dançando. Porque todo mundo tem essa alegria.

Todo mundo é igual. Matt Harding conseguiu criar outra obra que homenageia tanto as diferenças entre os povos como as igualdades.

Espero que ele tenha planos mais bacanas, de usar essa dancinha boba dele para realmente fazer algo.

Ah, e olhem só umas cenas cortadas!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Amo muito tudo isso


Falei que não ia postar mais nada do Batman né?
Não resisti.

(Copiado descaradamente do Sedentário)

sábado, 9 de agosto de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas


Provavelmente só irei postar alguma coisa sobre esse filme novamente se for alguma sátira, como dois ou três posts abaixo, ou algum outro comentário. Mas esse é um filme que merece.
Os quadrinhos são a mitologia para os dias de hoje, com deuses e heróis que fazem o impossível, e que ocupam um grande espaço no nosso imaginário. Mas faz pouco tempo que começaram a tratar os quadrinhos e suas histórias como forma de arte, ou seja, levá-los realmente a sério. Posso dizer que um dos ápices dessa renovação é Batman - O Cavaleiro das Trevas, filme que estreou há três semanas e já está quase alcançando a segunda maior bilheteria da história.
Grande parte dessa bilheteria se deve, em primeiro lugar, ao bafafá que se fez em volta da "última atuação de Heath Ledger", que morreu em janeiro por causa de uma overdose acidental de remédios. Além disso, uma campanha massiva, enlouquecedora e muito criativa pegou os fãs pela boca, e os aprisionou no frissom do filme meses antes da estréia.
Mas o filme não baseia sua força como filme propriamente dito em nenhum desses fatores. É, simplesmente, tudo o que sempre queriamos ver num filme de herói. Mas nunca tinhamos pensado nisso. Para começar, não é um filme de "super-herói". É muito mais um filme de máfia, um filme de crime, dramático e pesado. É incrivelmente denso para um filme com essa censura (além de violento também), com certeza o "filme de super-herói" mais denso e violento que há.
Muitos dizem que esse é um filme do Coringa muito mais do que é do Batman, mas isso é coisa de criticozinho sensacionalista. É um filme de Gotham City. Todos tem importância, todos influenciam no andar da história. Nenhuma direção do roteiro é gratuita, assim como nenhum dos personagens.
Eu disse que é um filme que nunca ninguém tinha pensado antes porque de fato, nada nesse filme é previsível. Os personagens não são tanto adaptações, mas sim criações novas. O Coringa desse filme não é o Coringa dos quadrinhos, ou o Coringa da Feira da Fruta. É uma nova idéia do que o Coringa poderia ser, um gênio do crime com uma ideologia, sem passado, sem vontade de ter um futuro. Ele tem um plano por trás, mas suas motivações não são ocultas, são simplesmente inexistentes. Ele é, de fato, um agente do caos.
Harvey Dent, promotor público que luta como pode contra a corrupção, com jogadas jurídicas geniais e integridade impecável, também não é o mesmo Harvey Duas-Caras dos quadrinhos. Conseguiram criar um Harvey que não tem um distúrbio de dupla personalidade, mas que de fato passa por uma transformação, o que o desfigura completamente por dentro, algo muito pior do que o que acontece com seu rosto.
Batman é praticamente um Jack Bauer. Não há limites para seu dinheiro, seu fanatismo ou seu alcance. Ninguém fica entre ele e seu objetivo, e ele distorcerá o que for para impedir o crime em Gotham, inclusive qualquer valor moral. Lembra bastante os melhores Batmans dos quadrinhos, mas ainda assim é levado a um estágio à frente.
O roteiro do filme é o melhor ponto dele. As reviravoltas podem parecer um pouco muito numerosas, mas não ficam forçadas. Não são gratuitas, simplesmente que você diz "Oh... Esse é o assassino... Pff...". A direção extremamente competente de Christopher Nolan, assim como a fotografia e direção de arte, deixam o filme com um tom de realismo muito bem vindo.
Mas o que mais chama a atenção são mesmo as atuações. É claro, a de Heath Ledger é e será a mais comentada de todas. Sua última criação é algo fenomenal, completamente bizarro, sem nenhuma noção de ordem ou de limites. Sua voz, trejeitos, ações, nada está forçado, exagerado. Esqueça o Coringa risonho e brincalhão de Jack Nicholson, que mais interpretou a si mesmo do que inventou alguma coisa no filme de 1989. O Coringa daqui suga toda atenção quando está em cena, e já é um personagem clássico.
Aaron Eckhart cria um Harvey Dent com uma eficácia incrível. Ele é um herói de verdade, que melhor representa o "bem", até que algo lhe destrói completamente, deixando seu senso de justiça completamente desregulado. De longe, o ponto alto de sua carreira.
O ator que pelo menos eu mais comemorei quando foi escolhido para o papel sem dúvida é Gary Oldman. Aqui, o tenente Gordon serve como os nossos olhos. Ele é o humano no meio dos deuses e demônios que brigam e desolam tudo, e faz o possível para proteger o seu lado. Uma atuação contida, mas estupidamente carismática, para mim a segunda melhor do filme.
Christian Bale continua fisica e mentalmente na medida para Batman/Bruce Wayne. Não posso dizer que é o elo fraco do elenco, mas é o que traz uma crítica pelo menos, que é a voz que faz quando está de uniforme de morcego. Apesar de funcionar as vezes, na maioria das cenas é digno de merecer o vídeo que postei essa semana. Destoa de um filme sério e adulto alguém tentando imitar o Darth Vader para ficar ameaçador.
O resto do elenco está lá para marcar presença, mas consegue trazer mais peso à história. Michael Caine, Morgan Freeman, Maggie Gyllenhal, e até mesmo o extremamente mixuruca Eric Roberts fazem um trabalho ótimo.
É o filme do ano. É o que será lembrado daqui a dez anos como um marco na história do cinema e da cultura pop. Não em termos de qualidade, mas em termos de importância, decisões e de clima. Agora não dá pra dizer que os filmes de héróis são coisa pra crianças.
- As referências a O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, A Piada Mortal de Alan Moore e O Longo Dia das Bruxas de Jeph Loeb são fantásticas.
- Eu fiquei eufórico no momento que aparece o Bat-Pod. Mas quando ele deu a pirueta na parede, broxou geral.
- O pior do filme é que ele te lembra que nunca mais veremos um Coringa assim.
- O diálogo do hospital entrou para minha lista de melhores diálogos da história do cinema.
- Já vi duas vezes, pretendo ver mais!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Frase do dia

"Delegação pequena da Micronésia. O próprio nome já diz, Micro. Se fosse grande, seria Macro."

Oscar, nos comentários da abertura das Olimpíadas de Pequim 2008, botando a cereja no bolo de orgulho que eu tenho de ser brasileiro.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

"Sou o (_____) mais importante do Brasil"

Como consta na capa da próxima Playboy.

... Ok.


Sou o publicitário mais importante do Brasil.

E...


O cartunista mais importante do Brasil.

Não é culpa do Coringa, coitado...



(copiado descaradamente do OMEDI)

domingo, 3 de agosto de 2008

Outro semestre.

Amanhã começo outro semestre da minha faculdade.

Posto só pra dizer o quanto não gosto disso. Mas fazer o que... Já está acabando, e vou me encontrar com pessoas muito legais, muito preciosas, muito queridas, isso sem falar dos publicitários!

Mas vai, se é pra começar, que seja com um bom humor trash pra caramba. Nerds com tempo de sobra dá nisso ó:



Copiado descaradamente do Jacaré Banguela.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Batman Experience 2 - ARG

ARG significa Alternative Reality Game. Uma ação de marketing na forma de um tipo inteligente de gincana, caça ao tesouro, RPG ou alguma coisa que envolva correr por aí.

Para o lançamento do Batman - O Cavaleiro das Trevas, os divulgadores decidiram criar vários desses, em vários lugares do mundo. E eu tive a chance de ir no que aconteceu em São Paulo.

O site Omelete fez uma captura de vídeo da coisa toda, na qual até eu apareço, explicando um resumo de como foi a brincadeira.

Através do site, o Coringa teria dito para cerca de 300 palhaços estarem no vão do Masp as 21:30 de uma segunda-feira. No horário certo, já haviam 500 pessoas, a maioria devidamente fantasiada, quando o site mudou, dando instruções de pistas. Tinhamos que sair por aí conseguindo 3 números: o número de janelas do Masp, quantos aparelhos de ar condicionado haviam num prédio, etc. Com os números, abriríamos um cofre no site. Esse cofre nos falava para onde teríamos que ir...

O vídeo explica melhor.



Marketing transformado em pure entretenimento. Isso é inteligente, é bacana, é memorável. E é brutalmente simples, não? Toma como base simplesmente a neura dos fãs, criando um efeito cíclico.

Notas:

- O povo nerd é um povo muito engraçado. Em sua maioria, são completos bobalhões, e todos admitem. Eu também admito! Alegres, descontraídos, sem parar de soltar piadas, cada uma das 500 pessoas estava lá pra se divertir. Sem machucar ninguém, sem precisar apelar pra baixaria, sem nada disso. São completamente confiáveis, e muitas vezes até inocentes (num determinado momento, alguém precisava de uma tradução do site, então me passaram um celular para que eu falasse com alguém na frente de um computador... Você emprestaria um celular para um COMPLETO ESTRANHO?)

- Eles também não tem vergonha. Olha só esse cara do meu lado! 70% deles estavam assim, OU AINDA MAIS PRODUZIDOS.

- Só ficou faltando o site em português. Demoraram pra caramba para terminar o jogo, por causa de erros de interpretação.

- Se, numa multidão, um sai correndo para um lado, a multidão sai também. Alguém sabe se isso é tese de algum antropólogo ou filósofo, e se isso tem nome? Tipo "Ai Meu Deus, Eu Vou Pra Lá Também!"

(Agradecimentos à Simone Garcia por correções)