segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Paz na Terra



Vamos lá, aquela festa que todo ano tem.


Feriado coletivo, presentes, estradas cheias. E Esqueceram de Mim, Scrooge, Quebra-Nozes. E um monte de pessoas que todo ano vão e dizem que “isso não é o Verdadeiro Sentido do Natal”.


Você não vai ver o verdadeiro sentido do Natal num filme da Disney. Não vai. Eles provavelmente vão colocar muitas coisas bacanas mesmo. Mas alegria, fraternidade, bondade entre as pessoas, isso são subprodutos. O Natal é o resumo de duas coisas.


“Você não está sozinho”. “Você é amado”.


Não importa muito nesse âmbito se você acredita ou não, não quero fazer um exercício de fé. Quero fazer um exercício de sentido. Depois você faz um exercício de fé.


Mas imagine que sim, Deus existe. Ele pode não ter barba branca. Ele pode não ter barba. Mas Ele tem senso de humor. E não necessariamente se veste numa toga como imaginava Michelangelo. Só imagina, não precisa se dar ao trabalho de acreditar. Imagina que Isso o que é Deus, algo de imensurável complexidade e tamanho é capaz de todas as coisas e mais uma. É capaz de criar mundos e universos e formigas e buracos negros e mecanismos quânticos e ondas do mar. 

E estrelas.

E além disso é capaz de amar. Não “amar” como você entende logo de primeira, mas é capaz de um sentimento incompreensível, cuja melhor definição que os poetas, os clérigos e músicos country demais encontraram foi “amor”.


E Isso que É Deus quer se aproximar Disso que Ele criou. Ele criou a humanidade, e dizem que até hoje é amplamente criticado por isso. E mesmo assim Ele acha infindável valor em cada pedacinho de carbono vivente e “pensante”. E Ele pensa em uma maneira de achegar-se. De poder tocar no rosto de outro ser humano sem, por exemplo, o uso de muitos efeitos especiais. Porque Ele quer nos ver de perto. E quer que O vejamos de perto.


Ele quer pessoalmente passar o braço em volta do ombro de alguém que está se sentindo sozinho e convencer esse alguém do erro que está cometendo em se sentir assim. Ele quer pessoalmente dizer para aquela pessoa que aquele sentimento que fez supernovas explodirem, selvas crescerem e moluscos abrirem os olhos está vivo por ela.


Aí Ele inventou o que foi moldado ao longo dos séculos para parecer o “Natal”.


O problema é esquecer, sempre é esquecer. Porque todo mundo, em algum momento, esquece-se disso tudo, e lembra somente de sentir-se sozinho. Esquecem de que tem um ao outro, e que o outro tem valor. E de que temos uma união, no mínimo, no fato de que Ele tentou alcançar a todos nós. Além de sermos feitos de carbono.


Você sabe no que resultaria se as pessoas não se esquecessem disso tão facilmente? Se o Natal fosse usado como uma memorização do fato, mesmo que só simbolicamente, para o caso de não haver um exercício de fé? Se nessa época do ano as pessoas lembrassem de que elas não estão sozinhas?




Nós teríamos Paz na Terra.




É só isso.


Então pelo menos um pouco, tente fazer um exercício de fé. E saiba, não imagine, saiba que você não está sozinho. Olhe à sua volta. Você vai enxergar as evidências. E agora vá fazer alguém enxergar também.


Vá e convença alguém de que não está sozinho.


Pronto. Você foi O Natal para alguém.


E o que Ele fez deu certo novamente. 



Feliz Natal.

"Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade". Lucas 2:14



Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2a a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2:14
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
Lucas 2:14

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